terça-feira, 14 de junho de 2011

Clube da Luta



Professor do estado ganha mal porque não se mobiliza ou não se mobiliza porque ganha mal?

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Discurso Universal

Só mesmo quem vive a cruel realidade da educação no Brasil, para saber o que se passa nas salas de aula por esse Brasil afora. O depoimento da professora Amanda Gurgel verbaliza o que está sufocado no peito de todos que estão envolvidos com a educação.
"Por favor, salvem a professorinha!"


sábado, 19 de fevereiro de 2011

Horário de verão

Mas que pena! Hoje acaba o horário de verão...
Não vou mais poder acordar uma hora mais cedo e sair de casa, também ,uma hora mais cedo, ainda com o céu completamente escuro. E, depois de um dia inteiro de trabalho duro e recompensador, poder voltar para casa com o Sol quente de verão aquecendo o corpo. Sabe aquele Sol de verão que parece que vai derreter até pedra? Ele estaria ainda brilhando forte no momento que estivesse na condução no caminho de casa. Não poderemos mais ver repórteres na TV entrevistando banhistas em Copacabana, se gabando de poder estar ainda mais uma horinha aproveitando o mar. Já estou tão ansioso esperando o próximo horário de verão, que gostaria de sugerir um novo foco para as já brilhantes entrevistas sobre esta maravilha do planejamento energético estratégico: poderiam entrevistar o Zé. Não o Zé que tentou ser presidente, mas o Zé da Silva que mora em Nova Iguaçu e trabalha como auxiliar de cozinha em um self-service no centro do Rio. Devido ao horário de verão Zé, que já acordava às 4:00 h da manhã, vai acordar às 3:00 h, completamente satisfeito pela oportunidade de poder aproveitar mais uma horinha da madrugada que tanto o deixa feliz. Mas você deve estar se perguntando: Por que o Zé acorda tão cedo? Muito simples, o Zé colabora com o meio ambiente. Ele vai para o Rio de ônibus. E para não cair em tentação, ele prefere nem ter o seu automóvel, contribuindo ainda mais para não exaurir as reservas mundiais de ferro e petróleo. Depois de aturar bronca o dia inteiro do patrão e aturar alguns clientes chatos, chega a hora de voltar para casa. E mais uma vez você se pergunta: Ele não vai curtir uma horinha a mais na praia? Infelizmente, não. O Zé vai direto para o ponto de ônibus. Claro que antes do horário de verão ele caminhava com o Sol se pondo, agora ele caminha com o sol ainda forte e aproveita para limpar os poros com o suor que corre pela sua pele. E a sauna continua na condução, sentindo aquele cheirinho de humanidade, já que todos estão sentindo o mesmo calor.
Finalmente ele chega em casa, e lá chegando, vai direto para o banheiro, sem nem ao menos dar boa noite pra família. Ele não tem tempo a perder, terá que dormir mais cedo para compensar o cansaço causado pelo desconforto de desrespeitar seu relógio biológico, sensação que o acompanhará por mais um mês. É claro que todo este esforço vale a pena: a nação vai economizar incríveis 5% de energia elétrica. Não nosso herói, o Zé. Ele chega em casa já a noite e sem opção, tem que acender a luz para conseguir tomar banho frio, como fazia antes do maravilhoso horário de verão.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Caveirão do ar

Agora que o novo blindado do ar chegou, nossos policiais podem atuar com mais segurança na luta contra o “poder paralelo”. Não parece que esta belíssima aeronave de 7 milhões de reais tem a finalidade de trocar fogo com os traficantes. Ela foi até mesmo pintada com uma tinta especial verde que ajuda na camuflagem e não o famoso pretinho básico de outros “caveirões”. Agora, a bandidagem pode atirar a vontade que os tripulantes permanecerão em segurança para completar missões de resgate ou movimentação de tropas.
Mas... uma coisa me preocupa... Imagino que aqueles “moleques” não tenham a mira muito boa, ainda mais se o alvo se movimenta. Com tanto tiro pro alto, quem vive nas casas e nos prédios próximos às comunidades em conflito, acabam sendo o “alvo” predileto das balas perdidas. Será que eles pensam nisso? Bom, daqui a pouco teremos que blindar as janelas das casas. Porque em 2016, ao findar as olimpíadas volta tudo ao normal (não estou levando fé que as UPPs se mantenham depois dos jogos),quer dizer, ao anormal. Depois de décadas de abandono, é difícil acreditar que alguma coisa possa ser feito em prol do povão. É esperar pra ver.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2

“O sistema é F #$&*@. Ainda vai morrer muita gente inocente”

Quando chegar dezembro e começarem as famigeradas retrospectivas, alguns assuntos são certos de aparecerem: a fantástica saga dos mineiros chilenos, presos no subsolo a 600 metros de profundidade; as eleições para vários cargos públicos de uma só vez, que nos matou de ódio por termos que decorar vários malditos números; os inúmeros terremotos pelo planeta que nos fizeram acreditar que o filme 2012 realmente tinha razão, a terra iria acabar em terremotos; a copa do mundo de futebol e o técnico amigo da branca de neve que nos fez explodir de raiva com sua infinita teimosia; e finalmente o tremendo impacto que o filme “Tropa de Elite 2” causou e continuará causando durante o tempo que ficar em exibição por aqui.
O impacto não se dará pela qualidade da edição, ou da montagem, ou da fotografia, ou do roteiro, ou até mesmo das ótimas atuações dos atores e sim pela enorme quantidade de socos no estômago que o espectador leva ao escutar a narração do capitão Nascimento. Ele não conta nenhuma novidade, mas fala tudo aquilo que nós ignoramos ou fingimos que não sabemos. Fala de forma tão clara e visceral, que não dá para ignorar ou fingir mais. É o sistema, meu caro! Para quem achava que missão dada era missão cumprida, descobrir que o buraco de uma polícia corrupta, de políticos corruptos e de uma sociedade conivente com essa podridão toda era muito, mas muito mais embaixo que o seu fuzilzinho era capaz de alcançar, deixa nosso anti-herói totalmente desbaratinado e faz o público colar na poltrona com os ossos trincando e músculos e tendões rígidos.
O longa traz menos cenas de ação que em Tropa 1, mas não é somente em cenas de Bang-bang que sentimos a adrenalina correr forte na veia. Ela corre forte o tempo todo, mas a surra que o nosso capitão aplica em um dos políticos “gente boa”, lava a nossa alma. Pela primeira vez eu vi uma surra a 400 mãos, sala lotada, diga-se de passagem. Contada de forma um pouco mais linear que no filme anterior, a proposta parece ser mesmo priorizar as idéias do que a porradaria, mas ela está lá e muito bem representada.
Quem assistir ao filme, vai reparar que o global Rodrigo Pimentel aparece fazendo uma ponta relâmpago justamente no momento em que o nosso capitão é aplaudido por populares em um restaurante, após comandar um massacre de bandidos em Bangú 1. Como o argumento do filme é dele, será que isso tem algum significado? Tenho as minhas dúvidas. E como a história foi composta com fatos reais, fica clara a relação entre o governador fictício e os últimos governadores da mesma família, que são desafetos declarados da Vênus prateada, que por acaso, assina a produção do filme. Hum... Aí tem...
Em fim, não dá para perder esse que provavelmente será o filme do ano, e falo não somente em relação aos filmes nacionais. Diversão e reflexão garantidas. Porque missão dada, parceiro; é missão cumprida.

OBS: Se “Tropa de Elite” tratava da corrupção na polícia e o tráfico nas comunidades; “Tropa de Elite 2”trata da corrupção no nível político e as milícias nas comunidades; “Tropa de Elite 3” deveria tratar da influência do “capital” na manutenção dos bolsões de pobreza e a implantação das UPP nas comunidades. Só uma sugestão...

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Queime Depois de Ler

Tudo bem, o filme já está meio velho e todo mundo já assistiu no cinema ou já alugou. Mas para quem ainda não assistiu vale a dica.
Na comédia Queime Depois de Ler (Burn After Reading) não espere piadas escrachadas e óbvias. A graça está mais na sutileza das situações do que nas interpretações caricatas – ótimas, diga-se de passagem – de Brad Pitt, Frances McDormand e companhia. O roteiro parece ter sido feito para o espectador bem humorado e que não goste de ter sua inteligência subestimada. Afinal não é sempre que se mistura crise de meia idade, sexo extraconjugal e a já proclamada incompetência da CIA. Queime Depois de Ler conta como pessoas comuns podem se sentir seduzidas a fazer coisas estúpidas apenas por acreditar que são mais espertas do que realmente são. Não preciso nem dizer que tudo acaba em uma tremenda lambança. Vale muito a pena assistir este filme, mas se para rir em um filme precisa de piadas de “bunda”, sexo, racismo ou qualquer outra de mau gosto, esquece! Melhor você alugar Todo Mundo em Pânico 25 e ser feliz.